«Viver com Epilepsia… como sair da escuridão»
Por Eduardo Pedrosa Marques (abola)
No Dia Nacional da Epilepsia, que se comemora neste domingo, a Liga Portuguesa contra a Epilepsia, em conjunto com a Associação Portuguesa de Familiares e Amigos de pessoas com Epilepsia, apresentou esta tarde, no Centro Comercial Fórum, em Coimbra, uma campanha que visa desmistificar a referida patologia no seio da sociedade portuguesa.
Denominada «Viver com Epilepsia… como sair da escuridão», a iniciativa despertou a curiosidade de bastantes pessoas que não perderam a oportunidade de ouvir alguns conselhos sobre a Epilepsia e, acima de tudo, o que fazer perante uma situação em que algum doente tenha um ataque epilético e precise de cuidados imediatos.
Francisco Sales, presidente da Liga Portuguesa contra a Epilepsia, em declarações exclusivas a A BOLA, assumiu que é fundamental que a sociedade se abra em relação à epilepsia, uma vez que é uma doença como tantas outras:
- O nosso grande objetivo passa por desmistificar esta dura realidade. As pessoas olham de forma diferente para quem tem epilepsia, e nós pretendemos alterar essa situação. Queremos trazer quem sofre de epilepsia da penumbra para o lado iluminado da vida. Pretendemos fazer ver à sociedade que quem é epilético tem os mesmos direitos do resto da população. Aguardamos a abertura das pessoas e desejamos que não sejam criadas barreiras. Afinal, o grande lema dos epiléticos é aceitar os desafios, ultrapassar barreiras e concretizar objetivos.
Também Ana Paula Pereira, da Associação Portuguesa de Familiares e Amigos de Pessoas com Epilepsia falou ao nosso jornal:
- Há pessoas que não sabem lidar com situações de ataques de epilepsia. Queremos inverter essa tendência, desmistificando a problemática. Para tal, esperamos que haja uma abertura da sociedade. Há, por exemplo, a ideia de que se deve colocar uma colher debaixo da língua de alguém que esteja a ter um ataque epilético, o que não corresponde minimamente à verdade.
Num caso desses, quem está por perto só deve virar a pessoa de lado, para que a saliva não seja engolida, e controlar apenas os movimentos de quem está a sofrer o ataque.
Estamos também a desenvolver um projeto que é extensível às escolas, denominado «Escola Amiga», cujo objetivo passa por dar formação e informação a todos os interessados.
Refira-se que este projeto de sensibilização destinado a confrontar a negligência social e global que envolve esta patologia, vem na sequência de uma campanha internacional chamada «Epilepsia fora das sombras», que tinha sido lançada em 2011 em conjunto pela Liga Internacional contra a Epilepsia, o Internation Bureau for Epilepsy e a Organização Mundial de Saúde
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